MANAUS – Ex-presidente nacional do Partido Liberal (PL) e presidente de honra da sigla, Alfredo Nascimento detém a segunda maior doação partidária por meio do “fundão” em todo o Brasil. Ele recebeu R$ 6 milhões do PL, só perdendo para João Campos, candidato a prefeito de Recife (PE), que recebeu R$ 7,5 milhões do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
As informações são do jornal Folha de S. Paulo. O periódico paulista revela em reportagem publicada nesta segunda-feira (26) que menos de 1% dos candidatos concentram 80% dos fundos públicos de campanha.
O candidato com maior acesso a verbas públicas de campanha, no entanto, é o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas. O tucano recebeu mais recursos no cômputo geral, que inclui além das verbas do seu próprio partido, o PSDB, doações de outras legendas coligadas, num total de R$ 7,8 milhões declarados (sendo R$ 5 milhões do PSDB, R$ 2 milhões do Podemos, R$ 700 mil do MDB e R$ 117 mil do Progressistas).
Desde 2015, com a proibição no Brasil do financiamento empresarial das campanhas, a maior parte do dinheiro para bancar as candidaturas sai dos cofres públicos. Para essa disputa, são R$ 2,035 bilhões do fundo eleitoral (FEFC) e R$ 959 milhões do partidário, embora esse último não seja aplicado somente em eleições.
A análise dos repasses por partido feita pela Folha de S. Paulo mostra que apenas seis siglas têm, até o momento, uma distribuição das verbas públicas de campanha para mais de 15% de seus candidatos —os nanicos PCO (53%), PCB (51%) e PSTU (46%), além de PSOL (30%), Rede (20%) e PT (16%).
Manaus
Na capital amazonense, os candidatos a prefeito poderão gastar, no máximo, R$ 10,2 milhões com despesas de campanha.