MANAUS – Os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) reconheceram nesta quarta-feira (10) a ocorrência de calamidade pública em Envira em razão da estiagem prolongada e do comprometimento das reservas hídricas do município da calha do Juruá.
A solicitação foi feita pelo prefeito Ruan Mattos (PL) e situação, de 180 dias, passar a ser contada a partir de 28 de outubro.
O deputado Adjuto Afonso (PDT) explicou que o serviço de abastecimento e distribuição de água potável é municipal, mas o governo está absorvendo para sua competência, por meio da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).
“O município sofre com problema de água. Nenhum tipo de água serve para o consumo humano. Então, o prefeito decretou calamidade. A Cosama já está lá refazendo a rede e implantando em todos os domicílios. Então, para isso, precisa a calamidade. E o Governo do Estado, através da Cosama, já está direcionando uma equipe para tratar que a água possa servir aos moradores “, disse Adjuto.
Saiba mais
No dia 30 de outubro, a Cosama iniciou o trabalho de limpeza, manutenção e tratamento nos poços de captação de água de Envira. Após uma forte cheia, município sofre com a estiagem do rio Juruá e com nível crítico de funcionamento e contaminação dos poços de água da cidade.
A Cosama está executando uma força-tarefa conjunta com a prefeitura para a manutenção dos 11 poços de captação existentes na cidade, seis dos quais estão sendo recuperados, por estarem inativos. Além disso, será iniciado o processo de tratamento e qualidade da água.
Segundo o diretor-presidente da Cosama, Armando do Valle, a companhia prestará apoio técnico na cidade de Envira para que o sistema de abastecimento tenha melhorias e capacidade de fornecer água de qualidade para consumo.
O prefeito Ruan Mattos declarou que a atual situação na área de abastecimento da cidade está crítica e que problema é antigo.“Nós temos um problema muito grande, e não é de agora, no nosso sistema de água, seja pela falta de manutenção e pela ampliação de rede de água. Sem contar que, devido à expansão da cidade com novos bairros, a atual infraestrutura da rede de água não atende esses novos locais. A cidade está em estado de calamidade pública, pedimos ajuda do Governo do Amazonas devido ao nosso atual momento, e hoje a Cosama está aqui”, declarou Mattos.