Da Redação |
A ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) promulgou no dia 19 deste mês a Lei nº 6.900/2024 que cria a Semana Estadual de Conscientização sobre Doutrinação nas Escolas da Rede Pública e Privada do estado.
A promulgação pelo Legislativo ocorre quando o governador não sanciona o projeto de lei no prazo regulamentar, de 15 dias úteis. O projeto foi aprovado no dia 24 de abril pela Casa Legislativa.
A lei é de autoria da deputada estadual, Débora Menezes (PL), eleita para seu primeiro mandato no legislativo estadual colada em pautas da extrema direita.
Chamou a atenção na Justificativa do projeto o uso de memes para, segundo a deputada, exemplificar “a doutrinação” supostamente praticada por professores em sala de aula, do ensino infantil às universidades.
No texto da justificativa, a deputada apresenta como exemplo de “doutrinação”, segundo ela, a seleção, por parte dos professores, de apenas o aspectos negativos do capitalismo, quando se discute em sala de aula os sistemas político-econômicos.
Na justificativa, a parlamentar bolsonarista atribui ao pensamento de esquerda um poder de dominação dos ambientes de universidades e escolas.
Filiada ao PL, Débora disputou sua primeiro eleição em 2022. Surfando na onda bolsonarista, liderada pelo pai, Alfredo Menezes, ela foi eleita com 32,4 mil votos.
Em sua página na ALE-AM, a parlamentar se apresenta da seguinte forma: “Em sua carreira política, a parlamentar sempre foi engajada na defesa de pautas da direita, como a defesa do direito à vida desde a concepção, contra a liberação das drogas e a favor do liberalismo, lutando pela desburocratização dos pequenos, médios e grandes empresários. Participou da criação do movimento “Direita Amazonas”, que contribuiu para a mobilização popular na defesa dessas pautas”.
Pela defesa de pautas da direita na ALE-AM, Débora recebe uma remuneração básica de R$ 41,6 mil, R$ 24,9 mil após as deduções obrigatórias. E mais R$ 49,8 mil por mês para despesas relacionadas a esta atividade.
Foto: Euzivaldo Queiroz / Seduc-AM