MANAUS – A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) aprovou nesta terça-feira (20) o título de Cidadão do Amazonas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A homenagem foi proposta pelo deputado bolsonarista Delegado Péricles (PSL).
“Nosso presidente Jair Bolsonaro foi eleito democraticamente pela maioria da população e isso tem que ser respeitado. Ele é nosso presidente da República. O Amazonas tem muito o que agradecer ao presidente. O presidente merece essa homenagem”, discursou Péricles.
A homenagem teve voto contrário do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB).
“Quero deixar bem claro que essa é uma manifestação minha, pessoal, política, partidária. Peço todas às venhas ao deputado Delegado Péricles, com quem tenho uma ótima relação de amizade, mas eu votarei contra esse projeto. O presidente Bolsonaro não tem sido amigo da Amazônia, do Amazonas e de Manaus. Ele subestimou a pandemia, ele não comprou vacinas quando era para comprar, o seu ministro negligenciou o nosso estado na crise do oxigênio, tudo isso tem trazido sofrimentos para o nosso povo”, disse Serafim.
O deputado Dermilson Chagas (Podemos) se absteve de declarar voto. Para ele, o presidente não tem nenhuma política de desenvolvimento para o Amazonas.
“Se eu sair do parlamento quero pelo menos um emprego. Mas do jeito que o presidente se comporta dói. […] Qual é a política de desenvolvimento do Bolsonaro para o Amazonas?”, afirmou Dermilson.
Para o deputado Tony Medeiros, do PSD, os municípios nunca receberam tanto recurso quanto no atual governo.
“Nunca ouvi falar que os municípios receberam tantos recursos. Só Parintins, quanto muito nós tínhamos, eram R$ 2 milhões, R$ 3 milhões, para recuperar o muro de arrimo da cidade. Hoje, o senador Omar Aziz, por exemplo, disponibilizou uma emenda de R$ 68 milhões para fazer toda a obra, verba federal”, disse Tony Medeiros, que foi vice-prefeito de Parintins.
A atuação de Bolsonaro no combate à pandemia no Amazonas também foi elogiada por deputados da base de Wilson Lima (PSC), como os parlamentares Saullo Vianna (PTB), Dr. Gomes (PSC) e Belarmino Lins (PP).