Da Redação |
O deputado federal Alberto Neto (PL) justificou seu voto contrário à manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na defesa da Constituição.
Durante a votação na Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJR), Alberto Neto afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco viola as prerrogativas dos parlamentares.
A crítica feita por Alberto Neto foi reverberada por outros membros da direita no Congresso, que se articularam, sem sucesso, para derrubar a prisão e assim impor uma derrota ao STF.
Na cruzada contra o STF, deputados da direita e de parte do centrão na Câmara defendem que a ordem de prisão dada pelo ministro Alexandre de Moraes e referendada pela 1ª Turma da corte desrespeita a Constituição, que permite a prisão de parlamentar no exercício do mandato apenas em flagrante e por crime inafiançável.
Na sua fala, Alberto Neto disse que quer que o “assassino de Marielle apodreça na cadeia”, mas que não poderia aprovar uma decisão que é contrária à Constituição.
“O sentimento que nós temos é que o assassino de Marielle apodreça na cadeia. Esse é o sentimento. Porém, nós temos que obedecer a Constituição”, disse Alberto Neto durante a discussão do assunto na CCJR.
Da CCJR, a matéria foi para o plenário da Câmara, onde, por 277 a 129, votos, os deputados mantiveram a prisão de Chiquinho Brazão.