Da Redação |
A assessoria jurídica de Eduardo Braga (MDB), candidato a governador do Amazonas, ingressou com uma queixa-crime, na sexta-feira (7), pedindo que o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) investigue disparos de mensagens em massa neste segundo turno contra o candidato.
A informação foi divulgada na tarde de sexta-feira, em coletiva convocada pela assessoria do candidato ao governo.
Segundo o advogado de Braga, Yuri Dantas, o cliente é alvo de uma “avalanche” de fake news desde que confirmou a condição de candidato ao Governo do Amazonas.
De acordo com o advogado, a análise dos disparados mostrou que os “plantadores” de fake news, embora troquem de número, utilizam no segundo turno a mesma base de dados do primeiro turno.
“Muito provavelmente este banco (de dados) está sendo compartilhado por quem fez no primeiro turno e por quem está fazendo agora no segundo turno. As pessoas recebem (as mensagens) sem pedir, o que é uma ofensa não só à legislação eleitoral, mas também a Lei Geral de Proteção de Dados. Portanto, é um ato ilícito, abusivo e que o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) deve castigar de forma severa”, disse o advogado.
“Nós ajuizamos, hoje, uma notícia-crime perante o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, em que nós pedimos a investigação de todos os disparos em massa feitos no 2º turno porque, além dos três crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação), estamos pedindo a investigação do crime de desinformação também”, declarou Yuri.
Desempenho de Braga
Braga terminou o primeiro turno com 401.817 (20,99%) votos.
O primeiro turno foi vencido pelo atual governador Wilson Lima (União Brasil) com 819.784 (42,82%) votos
1 milhão de disparos
Na coletiva, o advogado detalhou o que a assessoria jurídica tem feito para identificar os autores dos disparos de mensagens em mass.
Segundo Yuri, no primeiro turno, um número de telefone fez quase 1 milhão de disparos de mensagens.
“A maior parte dos responsáveis pelos disparos em massa pelo WhatsApp já foi identificada. Não é o momento de revelar os responsáveis, isso deve ser feito nos próximos dias no bojo de uma ação repressiva. Somente no 1º turno das eleições deste ano, um único número realizou quase um milhão de disparos para os amazonenses. Isto foi e está sendo feito em escala industrial, empresarial”, relatou o advogado.