MANAUS – Em despacho no último dia 20 (quarta-feira), o relator do caso que investiga se o governador Wilson Lima (PSC) comprou votos nas Eleições de 2018, Abraham Peixoto Campos Filho, ameaça extinguir o processo se a coligação “Eu voto no Amazonas”, do então candidato à reeleição Amazonino Mendes (PDT), não apresentar novos advogados.
No entendimento de Abraham Peixoto, a apresentação de um novo advogado por parte da pessoa física de Amazonino não é suficiente para dar seguimento ao processo. Por isso, a coligação, que é a autora da representação contra Wilson Lima, também deve regularizar sua representação. O juiz deu três dias de prazo para a pendência ser resolvida.
“Intime-se a coligação representante para, no prazo de 3 (três) dias, regularizar sua representação processual, uma vez que a procuração apresentada foi outorgada pela pessoa física do senhor Amazonino Armando Mendes (ID 1174056), sob pena de extinção do processo, sem resolução do mérito”, escreve o relator em seu despacho.
Defesa abandonou
No dia 14 de janeiro, os advogados que representavam a coligação de Amazonino abandonaram o caso alegando falta de pagamento de honorários.
No início de fevereiro, o advogado Julio Lorenzoni apresentou procuração assumindo a representação de Amazonino no processo.
Prisão
O processo contra Wilson Lima teve origem na prisão do ex-prefeito de Nhamundá, Mário Paulain, no primeiro turno das Eleições de 2018, em um quarto de hotel no município.
O político, segundo a polícia, portava dinheiro em espécie e material de campanha de candidatos, entre eles o governador eleito. A Polícia Federal (PF) realiza perícia no aparelho celular que Paulain utilizava no dia da prisão.