MANAUS – O deputado estadual de oposição Wilker Barreto (PHS) classificou de “bolsa bandido” a linha de crédito oferecida pelo governo a egressos do sistema prisional. Mantido pelo aliado do parlamentar e ex-governador Amazonino Mendes (PDT), o programa terá continuidade na gestão do atual governo de Wilson Lima (PSC).
Wilker defendeu que o mais correto seria oferecer emprego aos egressos do sistema prisional, não transformá-los em empreendedores.
“É o bolsa bandido. O que temos que dar ao cidadão que quer se ressocializar é uma oportunidade de emprego, não dar dinheiro. Porque se nós dermos dinheiro, vamos estar financiando a sociedade contra ela mesma. É esdrúxulo o projeto. É triste, porque mostra como esse governo trata a questão da coisa pública”, disse Wilker.
Em fevereiro de 2018, Amazonino lançou, com a linha de crédito, o programa “Reintegrar”. Permitia, na ocasião de seu lançamento, que apenados, egressos e liberados provisórios do sistema prisional acesso a microcrédito que variava de R$ 500 a até R$ 3 mil, com taxa de juros subsidiada. Na semana passada, Wilson Lima aditivou o projeto.
O líder do governo, deputado Carlinhos Bessa (PV), afirmou que a linha de crédito em questão é ofertada desde 2005 e, na gestão de Amazonino, em 2018, o projeto teve um aditivo de R$ 1 milhão. Enquanto o atual governo reduziu o valor em 50%.
“É preciso falar a verdade. Existe um convênio desde 2005, não foi firmado este ano. E todos os anos vem sendo renovado. De 2017 para 2018 foi firmado um aditivo de R$ 1 milhão, 2018-2019 foi feito outro aditivo de R$ 1 milhão, e nesse ano o governador reduziu em 50% (R$ 500 mil)”, disse Carlinhos.
O deputado afirmou que a oferta da linha de crédito não significa necessariamente que o valor todo será executado. Segundo ele, em 2018, a gestão Amazonino ofertou R$ 1 milhão, no entanto executou apenas R$ 372 mil.
A linha de crédito é ofertada pela Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas).