MANAUS – Em nota, a assessoria jurídica do senador Eduardo Braga (MDB-AM) classificou de “profundamente injusta” a denúncia da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra o parlamentar.
No texto, o advogado Fabiano Silveira afirma ainda que Braga não pode ser responsabilizado pela prestação de contas da campanha da ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) nas eleições de 2012.
Abaixo a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
O senador Eduardo Braga não tem nenhuma responsabilidade sobre a prestação de contas da então candidata Vanessa Grazziotin ou de qualquer outro candidato no pleito municipal de 2012. Não era candidato na época. Não solicitou doações em favor de nenhuma candidatura. Não tratou de financiamento eleitoral com nenhuma empresa ou pessoa física. Esses fatos foram devidamente esclarecidos no inquérito policial em que o senador Eduardo Braga foi ouvido como simples testemunha. O inquérito, aliás, nem chegou a ser concluído. Por isso, a medida da Procuradoria-Geral da República (PGR) é precipitada e profundamente injusta no tocante ao senador Eduardo Braga. Além disso, não encontra apoio em nenhum elemento de informação constante dos autos do inquérito conduzido pela Polícia Federal.
Assessoria Jurídica
Fabiano Silveira
OAB/DF 31.440
Dodge apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (1º), denúncia contra Braga e Vanessa por “caixa 3”. A prática foi adotada pelo Grupo Odebrecht para esconder doações de campanha, que eram feitas a políticos em nome de outras empresas.
Segundo a assessoria de imprensa da PGR, a suspeita é de crime eleitoral nas eleições municipais de 2012, quando Grazziotin disputou a Prefeitura de Manaus. Também são acusados Roberto Luiz Ramos Fontes Lopes, Walter Faria, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Eduardo José Mortani Barbosa. A PGR pede o pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 2,350 milhões, mesmo valor doado pela Odebrecht.