MANAUS – O ex-governador do Amazonas, José Melo, negou, em nota, que esteja negociando um acordo de deleção premiada com a Justiça Federal no âmbito da Operação Maus Caminhos.
A informação de que Melo e a esposa e ex-primeira-dama Edilene Oliveira estariam iniciando conversas com a Justiça para realizar uma delação foi divulgada no domingo (6) por sites e redes sociais.
Na nota divulgada nesta quinta-feira (10), assinada pelo advogado do casal, Christian Naranjo, a informação é desmentida.
“[Melo e Edilene] comparecem a todos os atos processuais e cumprem de forma zelosa com todos os compromissos assumidos perante o juízo, não havendo, portanto, qualquer trabalho neste sentido”, diz um trecho da nota.
Melo teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 4 de maio de 2017, por compra de votos na eleição de 2014. Sete meses depois da cassação, o político e a esposa foram presos pela Polícia Federal, na operação Estado de Emergência, terceira fase da operação Maus Caminhos.
Melo e Edilene cumprem prisão domiciliar, após terem ficado presos por 100 dias no Centro de Detenção Provisória, em Manaus.
Melo é acusado de integrar um grupo que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), desviou mais de R$ 110 milhões da saúde. A defesa dele diz que o cliente é inocente.
Leia a abaixo a íntegra da nota:
Foi noticiado que o senhor ex-governador José Melo de Oliveira e a senhora ex-primeira-dama, Edilene Oliveira, estariam avaliando a possibilidade de colaborar com a Justiça através do instrumento conhecido como Delação Premiada. A informação não procede.
Ambos colaboram com o esclarecimento dos fatos desde o início, comparecem a todos os atos processuais e cumprem de forma zelosa com todos os compromissos assumidos perante o juízo, não havendo, portanto, qualquer trabalho neste sentido, razão pela qual afirmam ser a referida noticia absolutamente desprovida de fundamento.
Certos da atenção.
Christhian Naranjo
Advogado