MANAUS – O deputado estadual eleito Saullo Vianna (PPS) desistiu de participar da cerimônia de diplomação dos eleitos, realizada na tarde desta segunda-feira (17), no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
Segundo a assessoria do evento, a desistência foi de última hora, o que obrigou a retirada da cadeira destinada ao político durante o evento. Saullo passou cinco dias preso na Polícia Federal, após as eleições.
O deputado eleito pelo PPS foi preso pela Polícia Federal na manhã do dia 7, e deixou a cadeia no dia 12. O Ministério Público Federal (MPF) informou em nota que ele é investigado pelos crimes de corrupção e de associação criminosa.
A prisão foi a pedido do MPF, mas o processo corre em segredo de justiça. O que se comenta nos bastidores é que o caso tem relação com a prisão de um servidor do TRE-AM, no primeiro turno.
O servidor foi preso após denúncia de que estava prometendo adulterar urnas em benefício de candidaturas mediante pagamento. Questionado sobre o assunto, João Simões disse nesta tarde que ainda não leu o processo, por isso não tinha informações sobre o caso.
João Simões informou que a Justiça Federal transferiu para a Justiça Eleitoral do Amazonas o processo que resultou na prisão do deputado estadual eleito.
“Esse processo foi julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (em Brasília – TRF 1), e a notícia que temos é que foi declinada a competência para a Justiça Eleitoral. Vamos recebê-lo e examiná-lo”, disse João Simões. Segundo ele, pro cesso deve chegar ao TRE-AM ainda nesta segunda.
Saullo obteve 27,8 mil votos nas eleições deste ano, o que lhe garantiu uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).