MANAUS – O deputado estadual Luiz Castro (Rede) afirmou nesta quarta-feira (5), durante votação na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), que a Casa não deve ser usada, no final desta legislatura, para aprovar matérias que engessem o governo Wilson Lima (PSC), e cobrou bom senso dos colegas de parlamento.
“A gente tem que ter o bom senso que esta Casa aqui não deve ser usada, no final do mandato, para criar cada vez mais engessamento de arrecadação para o governo que vem. Porque o governo vem governar para toda a sociedade. Não vem governar apenas para um grupo de cidadãos. O governo que vai chegar, vai herdar uma situação de décadas de desmando, de erros acumulados”, disparou Luiz, durante discussão de uma emenda a um projeto de autoria dele que defendia isenção de IPVA na aquisição de motos com valor de mercado de até R$ 10 mil.
Deputados como Dermilson Chagas (PV) e David Almeida (PSB), na discussão, defendiam que a isenção proposta por Luiz Castro fosse estendida a motos mais caras. “Agora, eu não vou me posicionar de maneira omissa diante das tentativas de prejudicar o governo que vem aí, porque são tentativas para prejudicar o povo do Amazonas. Wilson Lima foi eleito para governar para o povo. E especialmente para os mais humildes, para os mais pobres. E aqueles que necessitam de isenção são os mais pobres, os mais humildes. Quem quiser me acompanhar me acompanhe. Faço um apelo: que nós tenhamos esse equilíbrio”, discursou o deputado da Rede, aplaudido pela plateia formada por internos da Fazenda da Esperança, que assistiam à sessão.
Ao final, os deputados acabaram acatando os argumentos de Luiz Castro e a matéria foi aprovada com a emenda proposta por ele. O projeto em questão (nº 176/2018) é de autoria do atual governo, uma espécie de Refis – que autoriza o Poder Executivo a conceder parcelamento e remissão de débitos fiscais de ICMS, IPVA e ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e a dispensar créditos tributários de IPVA.
Luiz Castro é aliado de Wilson Lima, e é um dos cotados para assumir a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).