MANAUS – No último debate dos candidatos ao governo do Amazonas na TV, nos estúdios da Rede Amazônica, na noite desta quinta-feira (25), o candidato Wilson Lima (PSC) questionou o governador e candidato à reeleição, Amazonino Mendes (PDT), sobre as contribuições que a contratação da empresa Giuliani Security & Safety, do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, por R$ 5 milhões, trouxe para solucionar os problemas na área de segurança do estado.
Amazonino rebateu o questionamento afirmando que Wilson critica o pagamento de R$ 5 milhões a Giuliani, mas quer gastar R$ 3 milhões com indenizações às famílias de presos mortos no massacre do Compaj.
“Eu prefiro pagar R$ 5 milhões de reais para a maior autoridade do mundo em combate ao crime organizado do que pagar R$ 3 milhões em indenização para bandidos que se matam numa cadeia. Eu não vejo porque fazer um cavalo de batalha porque procurei o melhor técnico (em segurança), e querem confundir. Eu acabei de tirar a confusão da tua cabeça – querem pagar R$ 3 milhões de reais para indenizar famílias de bandidos e acham caro pagar R$ 5 milhões para a maior autoridade do mundo em combate ao narcotráfico e que deu exemplo aqui em Medellin (Colômbia)”, sustentou Amazonino.
Wilson, que no primeiro bloco do debate, já havia afirmado que não pagaria indenização às famílias de presos mortos no Compaj, disse que se eleito irá procurar os melhores especialistas da área de segurança – os policiais civis e militares do estado.
“E eu não vejo melhor especialista para combater a violência no estado do Amazonas do que o nosso policial militar, que o nosso policial civil, que o nosso escrivão. São essas pessoas que sabem da realidade, o que falta para essas pessoas é a estrutura necessária, é a condição para que desenvolvam o seu trabalho”, disse Wilson.
Na tréplica, Amazonino afirmou que o candidato do PSC tentou injuriar e difamar a Polícia Civil e Militar do estado recentemente, em referência a operação em Codajás que prendeu uma delegada e também o traficante Diellison Wendel Alves Pinheiro, “o Didi”, acusado de comandar o tráfico de drogas no município, preso com R$ 17 mil, que segundo ele, seria utilizado para comprar votos em favor de Wilson Lima.
No dia 20, os advogados de Amazonino apresentaram, na Justiça Eleitoral, uma denúncia por compra de votos contra Wilson. O jurídico de Wilson disse que a confissão feita pelo traficante foi “visivelmente ensaiada” e que a prisão se deu em procedimentos “pouco comuns” ao trabalho da Polícia Militar.
“Eu acho uma contradição, porque o candidato acaba de tentar desmoralizar, desconstruir, injuriar, difamar a nossa Polícia Militar e Civil nesse episódio heroico de Codajás. Nós prendemos uma delegada, cortamos na nossa carne. Como o assunto tinha uma referência ao candidato, ele ingressou com uma ação para tentar desmoralizar a nossa polícia. E tudo foi feito de forma séria, técnica, e agora tudo está nas mãos da Polícia Federal. O candidato não faz o que diz, ele se contradiz”, concluiu Amazonino.