Da Redação
A Prefeitura de Belém do Pará boicotou evento do Ministério da Saúde realizado na cidade para estimular a vacinação contra o novo coronavírus.
Ao ser informado da ausência de representantes da secretaria municipal de saúde no evento, o ministro Marcelo Queiroga manifestou sua irritação criticando a campanha de vacinação na cidade.
“É por isso que Belém tem o pior índice de vacinação”, disparou o ministro, defendendo que é preciso colocar o interesse da população à frente dos interesses políticos.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, é do PSOL, partido que faz oposição ao governo Jair Bolsonaro (PL).
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também na participou do evento. O político já foi alvo de operações da Polícia Federal na gestão de Bolsonaro.
Helder Barbalho testou positivo para Covid-19 no último dia 13.
O Ministério da Saúde promove neste sábado (22) uma ação para estimular a população dos sete estados da Região Norte a se vacinar contra o novo coronavírus. A iniciativa é semelhante à realizada há uma semana, no Nordeste.
Além de estimular a população do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins a completar o ciclo de imunização, a iniciativa busca ampliar a realização de testes capazes de identificar novos casos da covid-19.
O evento é realizado simultaneamente nos sete estados, com representantes do ministério em cada uma das capitais. Em Belém, a representante do governo federal é a secretária Mayara Pinheiro, que ficou marcada pela defesa do chamado tratamento precoce, o que lhe rende o apelido de “capitã cloroquina”.
Em Manaus, o evento conta com a presença do ministro da Saúde, do governador Wilson Lima (PSC) e do prefeito da capital do Estado, David Almeida (Avante).
Nas demais seis capitais, o ministério será representado por secretários nacionais que viajarão de Brasília.
Em nota, Queiroga classificou a região Norte como um “desafio” logístico para os esforços de ampliação da cobertura vacinal no país, dada a extensão territorial e a dificuldade de acesso a algumas localidades.
“Todos nossos esforços estão voltados para ampliar a cobertura da segunda dose e da dose de reforço. Mesmo com a estrutura poderosa do SUS [Sistema Único de Saúde], a região é um desafio por ter dimensões continentais e áreas remotas”, disse o ministro.
Segundo o ministério, na Região Norte há cerca de 1,8 milhão de pessoas aptas a tomarem a dose de reforço do imunizante ainda este mês. As autoridades sanitárias recomendam que pessoas com mais de 18 anos que já receberam vacinas da Pfizer, Astrazeneca e Coronavac retornem aos postos de vacinação quatro meses após a última dose do esquema vacinal primário.
A vacina a ser utilizada para a dose de reforço deve ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro (ou seja, da Pfizer), mas, na falta desta, podem ser usadas as de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca).
Com informações da Agência Brasil