Da Redação |
Em menos de duas semanas de 2022, o número de internações em UTI de pacientes com Covid-19 no Amazonas cresceu 52%.
No dia 1º de janeiro, esse tipo de leito, que atende pacientes em estado grave, era ocupado por 23 pessoas. Na quarta-feira (12), o número de pacientes em UTI era de 35.
As informações constam nos boletins divulgados pelo Governo do Estado e consideram leitos em hospitais públicos e privados.
As internações aumentaram ainda mais em leitos clínicos, que recebem pacientes com quadro de saúde considerado leve.
No primeiro dia do ano, havia 41 pacientes ocupando leitos clínicos. No dia 12, o total de internados nesse tipo de leito era de 96, um crescimento de 134%.
Leitos ampliados e taxa de ocupação maior
No dia 1º de janeiro, o Amazonas tinha 83 leitos de UTI para pacientes com Covid-19. E tinha taxa de ocupação de 27,71%.
Na quarta-feira (12), o número de leitos de UTI era de 105, uma ampliação de 27%. Mas a taxa de ocupação acompanhou o crescimento, registrando 33,33%.
Os leitos clínicos também registram taxa de ocupação maior, apesar da ampliação da rede.
No primeiro dia do ano, o Estado tinha 134 leitos clínicos, com 30,59% ocupados. No dia 12, havia 187 leitos desse tipo nas redes pública e privada, com 96 ocupados – uma taxa de ocupação de 51,33%.
Efeito dos antivacina nos hospitais
Na quarta-feira (12), o secretário estadual de Saúde, Anoar Samad, publicou um vídeo chamando atenção para o tamanho do impacto na rede de saúde provocado por pessoas que não se vacinam.
Segundo Anoar, 67% dos pacientes internados em UTI no Amazonas, com Covid-19, são de pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina ou não completaram o esquema vacinal.
De acordo com o secretário, entre os pacientes internados em leitos clínicos, o número de não vacinados ou com imunização incompleta é de 54%. Anoar afirma que os números mostram o quanto a vacinação é importante para evitar casos graves da doença.
“Percebam que as pessoas não vacinadas complicam e necessitam mais de internação do que os vacinados. Lembrem-se, a vacina é a única arma que temos para combater esse vírus. Vacinem-se”, pede o secretário no vídeo.
Pressão na rede hospitalar
Especialistas vêm alertando que apesar da variante Ômicron provocar casos menos graves, a rede de saúde pode ficar sobrecarregada. Isso porque o número de casos novos vem crescendo diariamente, principalmente entre pessoas que não têm nem a 1ª dose da vacina e podem precisar de internação.
No Amazonas, esse cenário agrava por conta do período sazonal da incidência de gripe, que também tem levado a população a procurar atendimento em UBSs e hospitais.