Da Redação |
Em 60 dias, o Amazonas registrou 1.066 casos de Influenza. Desse total, 86% dos diagnósticos, o que equivale a 917, foi para o tipo H3N2, que provoca a Influenza A.
Nesse mesmo período, entre início de novembro e final de dezembro, foram registrados quatro óbitos por Influenza A (H3N2) em Manaus, dos quais três homens, na faixa etária de 58 a 74 anos, com comorbidades; e uma mulher, de 90 anos.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (30) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
O Amazonas começou a realizar testes para Influenza no início de novembro deste ano, quando iniciou o período chuvoso no Estado (de novembro a abril).
É nessa época do ano que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentam no Amazonas.
Segundo a FVS-AM, de novembro até o final de dezembro, foram processadas 9.093 amostras pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM).
Do total de amostras, 1.066 testaram positivo para Influenza. Isso equivale a uma positividade de 11,7% da doença.
Ou seja, para cada 10 pessoas gripadas testadas no Amazonas, pelo menos 1 caso é provocado por vírus responsável pela Influenza.
E a cada 10 casos de Influenza A, 8 são causados pela cepa H3N2.
Sentinela
A FVS-AM informou que Amazonas ampliou o número de unidades integrantes da Rede Sentinela de Influenza, passando de oito para 28 unidades, incluindo as que estão localizadas no interior do estado.
A Rede Sentinela é um programa global de monitoramento de vírus, comandado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Amazonas faz parte do programa, que tem como objetivo coletar amostras semanais de pacientes com síndrome gripal nas redes de assistência aos participantes. Todo o material coletado é encaminhado para laboratório com o objetivo de realizar sequenciamento genético.
A estratégia identifica a linhagem viral predominante e, posteriormente, a OMS seleciona os vírus que irão compor a vacinação contra a Influenza no ano seguinte.