Da Redação |
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), disse na terça-feira (21) que o auxílio financeiro que é injetado nas empresas de ônibus para manter em operação do sistema de transporte é a segunda maior despesa do município.
De acordo com David, essa despesa, que não resulta em investimentos para melhorar o sistema, mas sim para manter o modelo atual, está na casa de R$ 250 milhões por ano.
“A segunda maior despesa da prefeitura, fora as questões de compromissos de empréstimos, que é da ordem de R$ 500 milhões por ano, é exatamente o subsídio das passagens de ônibus, que o sistema não comporta, não arrecada suficiente para mantê-lo funcionando de forma efetiva. E a prefeitura, mensalmente, desembolsa, aproximadamente, R$ 25 milhões. Estou falando de mais R$ 300 milhões por ano. Esse ano vamos chegar a algo em torno de 270 milhões de repasse para o sistema, para que os trabalhadores possam receber seu salário em dia, as empresas possam comprar seus insumos, manter os serviços acontecendo e os usuários possam bem usufruir desse transporte. Esse ano serão R$ 270 milhões. Vou diminuir para R$ 250 para ter uma conta aqui de R$ 1 bilhão em 4 anos”, disse David.
A fala de David foi durante a assinatura de um convênio com o Governo do Amazonas no valor de R$ 156 milhões, sendo R$ 120 milhões do Estado e R$ 36 milhões de contrapartida municipal, para a execução do Programa de Reestruturação e Qualificação do Transporte Público do Município de Manaus.
A parceria entre a prefeitura e o município prevê para 2022 o retorno do subsídio do Estado e Prefeitura para custeio do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), incidente sobre o combustível dos ônibus do sistema de transporte coletivo.
Na ocasião, Melo disse que tomou a medida porque as empresas descumpriram a promessa de não aumentar a passagem de ônibus.
Intervenção mostrou cenário
Na gestão de Arthur Neto (PSDB), entre julho de 2019 e janeiro de 2020, a Prefeitura de Manaus fez uma intervenção financeira no sistema de transporte público,
O relatório final elaborado pela prefeitura confirmou que o sistema seria deficitário. Somente durante a intervenção o município injetou R$ 61,8 milhões de recursos do contribuinte para bancar despesas das empresas de ônibus.