Da Redação – Vírus respiratórios que compõem a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) levaram 64 pessoas a óbito no Amazonas no mês de novembro. O número foi divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) neste sábado (11).
O boletim detalhado sobre a incidência de SRAG no Amazonas está publicado no site da FVS-AM. Segundo o documento, 50% das pessoas que morreram apresentavam fatores de risco que agravaram o quadro clínico.
“Importante destacar que 50% dos óbitos apresentaram, pelo menos, um fator de risco para agravamento do quadro clínico, como população idosa, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e pneumopatias”, informou o diretor técnico da FVS-AM, Daniel Barros
Com os 64 óbitos, a taxa de letalidade de SRAG é de 13%.
500 casos em 30 dias
Foram registrados em novembro 501 casos notificados para SRAG. Os dados constam no Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe), sistema oficial do Ministério da Saúde para notificação de casos.
Os 501 casos de SRAG registrados em novembro foram detectados em 27 municípios do Amazonas, sendo 63% em Manaus, 34% no interior, e 3% notificados, mas residentes em outros estados brasileiros. Segundo o diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros, 55% dos casos foram registrados em homens com idade entre 20 e 59 anos, seguidos de idosos (34%).
Ainda em novembro, nos pacientes menores de 10 anos de idade, foram registrados 22 casos de SRAG por Covid-19, 12 por outros vírus respiratórios, 9 por rinovírus e 1 caso de Influenza A (H3N2) em uma criança na faixa etária de 5 a 9 anos.
“Assim como os idosos, as crianças são população vulnerável aos vírus respiratórios. É preciso ficar atento para os sintomas mais frequentes, como tosse, falta de ar e febre, seguido de desconforto respiratório e saturação de oxigênio abaixo de 95%”, afirma Daniel.
Outro detalhe que auxilia na montagem do cenário é destacar que 43% dos casos de SRAG apresentam pelo menos um fator de risco com destaque para idosos (46%).
Período chuvoso exige cuidado
Segundo a FVS-AM, o Amazonas enfrenta sazonalidade para circulação de vírus respiratórios durante o período chuvoso no estado.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, o aumento de casos de Síndrome Gripal ocorre principalmente por Influenza A.
“Até maio do ano que vem, vamos enfrentar esse tipo de ocorrência por causa do aumento de circulação de vírus respiratórios. Por conta disso, a FVS-RCP lembra a todos a importância de manter as medidas contra a Covid-19 que também são úteis para conter a transmissão de vírus respiratórios”, destaca Tatyana.
Foram registrados em novembro outros 140 casos identificados de Influenza A (H3N2) em amostras processadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), provenientes de monitoramento da Vigilância em Saúde em unidades de saúde de Manaus.
Outros vírus que foram identificados em circulação no estado são Adenovírus, Bocavírus, Metapneumovírus, Parainfluenza 1, Parainfluenza 2, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).