Da Redação – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desmontou um esquema de uma médica que cobrava R$ 2 mil para fazer procedimento de laqueadura em um hospital público do Estado em Manaus.
Em operação realizada na sexta-feira, 10, a PC-AM fez buscas e apreensões na casa da médica e de mais duas acusadas de participarem do esquema criminoso.
“Estávamos há dois meses investigando e descobrimos que elas eram responsáveis por procurar mulheres interessadas em realizar o procedimento de laqueadura. A partir disso, a médica, que era lotada em um hospital do Estado, em contato com as pacientes, fazia a cobrança de um determinado valor para que a cirurgia fosse realizada”, informou o titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), Guilherme Torres.
Segundo a polícia, no decorrer das investigações, os policiais chegaram à identificação das três mulheres, momento em que foi solicitado à Justiça pelos mandados de busca e apreensão para o endereço das envolvidas. As ordens judiciais foram expedidas no dia 3 de dezembro deste ano, pelo juiz Rafael Rocha Lima, da Central de Inquéritos.
De acordo com o delegado, os alvos da operação foram uma médica, de 51 anos; e duas jovens, de 21 e 24 anos, que trabalhavam para ela. As ordens judiciais foram cumpridas nas residências das infratoras, localizadas nas zonas leste e centro-oeste de Manaus.
O titular da unidade especializada de polícia contou que, até o momento, foram identificadas três mulheres vítimas das cobranças praticadas pelas autoras. “Elas cobravam cerca de R$ 2 mil por cada procedimento. Iremos continuar com as investigações, para verificar se existem outras vítimas”, afirmou.
SES-AM abriu processo contra a médica
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) esclarece que a direção da unidade em que a médica atua abriu processo para apurar a conduta da profissional, a fim de aplicar as sanções administrativas legais. A secretaria ressalta ainda que vai acompanhar e colaborar com as investigações.
Todas as envolvidas irão responder por corrupção passiva e associação criminosa, e ficarão à disposição do Poder Judiciário. A polícia não divulgou o nome das investigadas.