MANAUS – Nesta segunda-feira (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não há nada que aconteceu entre ele e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) que não possa ser reconciliado. A declaração foi dada conversa com jornalistas no Parlamento Europeu, em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participou de uma conferência.
O tucano vem sendo apontado como um possível nome para candidatura à vice em uma chapa com o petista nas eleições de 2022.
“Não há nada que aconteceu entre mim e o Alckmin que não possa (sabe?) ser reconciliado”, afirmou.
Lula disse que tem “extraordinária relação de respeito” com Alckmin e que ainda não discutiu sugestões para vice. “Já tenho 22 vices, oito ministros da Economia, quando ainda nem decidi ser candidato”, afirmou. “O vice é uma pessoa que tem quer ser levada muito a sério na relação com o presidente, porque o vice pode ser presidente. E depois, o vice tem que ser uma pessoa que soma com o presidente, e não que diverge”.
Na ocasião, Lula também criticou o presidente Jair Bolsonaro “não pensa” e “não entende de absolutamente nada”.
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No início do mês, segundo a jornalista Thaís Oyama (UOL), Lula teria dito a pessoas próximas que Alckmin é o “único tucano que gosta de pobre”.
Na semana passada, Geraldo Alckmin foi perguntado se será vice-presidente na chapa presidencial do petista e respondeu: “vamos amadurecer e depois a gente vai conversar”.
Segundo Alckmin, “é claro” que Lula tem os requisitos para realizar uma política “com civilidade”. “Temos de resgatar a boa política, precisa ser feita com quem tem apreço pela democracia”, disse, reforçando que não tem diferenças intransponíveis com Lula.
Em 2006, Lula foi o adversário de Lula no segundo turno das eleições. O petista, como se sabe, saiu vitorioso na busca pela reeleição.
Alckmin está de saída do PSDB e tende a migrar para PSD ou PSB, neste teria condições de ser candidato a vice de Lula.