MANAUS – Enquanto a prefeitura discute regras para flexibilizar o uso de máscaras em Manaus até 30 de novembro, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) informou que não há previsão de suspensão da recomendação para uso de máscara de proteção respiratória no Amazonas como medida preventiva à Covid-19.
Nesta quinta-feira (11), a prefeitura afirmou que os critérios para flexibilizar medidas de segurança contra a Covid-19 em Manaus, incluindo a liberação do não uso de máscaras em locais abertos, foram discutidos por representantes do município e do governo, durante reunião técnica.
Citando a programação oficial das festas de fim de ano, prefeitura divulgou que uma nota técnica conjunta entre os órgãos municipais e estaduais de Saúde deve ser elaborada e publicada até o fim deste mês. Segundo a prefeitura, a normatização vai levar em conta o percentual de imunização da população e outras variáveis, como indicadores de risco, internações e óbitos pela doença no cenário atual.
Além da secretária municipal de Saúde (Semsa), Shádia Fraxe, participaram da reunião o subsecretário de gestão da Saúde da Semsa, Djalma Coelho, o secretário de Estado da Saúde (SES-AM), Anoar Samad, a secretária Adjunta de Políticas da Saúde, Nayara Maksoud, e a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatiana Amorim.
Segundo a prefeitura, durante a reunião Anoar Samad destacou a proximidade do período chuvoso, quando as doenças respiratórias têm maior incidência, e defendeu que no Estado a exigência em relação ao percentual de imunizados seja maior que a observada pelos locais que já liberaram o uso de máscaras em lugares abertos.
O secretário da SES-AM informou que, no âmbito do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), foram trabalhadas algumas propostas de encaminhamento para a flexibilização, mas que estados e municípios irão definir suas normas próprias considerando a realidade local.
Confira neste link o texto divulgado pela prefeitura na íntegra.
Sem previsão
Procurada pelo ESTADO POLÍTICO, a FVS-RCP informou que não há um previsão de suspensão da recomendação para uso de máscaras.
A fundação observou que hoje o Amazonas está em baixo risco para transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2), com redução de casos confirmados, de hospitalizações e de óbitos pela doença.
No entanto, mesmo com o cenário epidemiológico da Covid-19 atual, a confirmação, em 28 de outubro pela Fiocruz Amazônia, de que 89% dos casos sequenciados da doença no Amazonas são provenientes da chamada variante Delta (B.1.617) reforça a necessidade de manter as medidas preventivas à infecção, uma vez que a Delta é considerada uma “variante de preocupação”.
“A FVS-RCP alerta que, diante desse novo cenário, é preciso que a população se mantenha firme e fortaleça os cuidados preventivos à infecção, principalmente, aderindo à vacinação contra Covid-19, para evitar o avanço da doença, e o uso das demais medidas preventivas à infecção: uso de máscara de proteção respiratória, higienização das mãos (com água e sabão e/ou álcool a 70%), distanciamento social e evitar aglomeração de pessoas”, destacou a fundação, em nota.
Cenário
Até esta quinta-feira (11), segundo a prefeitura, 69% das pessoas com idade para vacinar estavam imunizadas com o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única), um tottal de 1.236.869 pessoas.
Do total da chamada população vacinável, 89,8% já tomaram pelo menos a primeira dose, o que corresponde a 1.604.045 pessoas vacinadas.
Em relação à dose de reforço, o município aplicou mais de 104 mil doses em usuários pertencentes aos grupos contemplados atualmente: trabalhadores da saúde e pessoas acima de 50 anos que tomaram a segunda dose há cinco meses ou mais, e os imunossuprimidos com a segunda dose aplicada há, pelo menos, 28 dias.
No total, desde janeiro, quando Manaus deu início à campanha de vacinação contra a Covid-19, foram aplicadas 2,9 milhões de doses na capital.
O boletim da FVS-RCP informou que há atualmente em Manaus 65 pacientes com Covid-19 internados, sendo 27 em leitos clínicos (4 na rede privada e 23 na rede pública), 38 em UTI (7 na rede privada e 31 na rede pública).
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