MANAUS – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu nesta sexta-feira (5) à movimentação para que Sergio Moro e Deltan Dallagnol saiam candidatos a cargos eletivos em 2022.
No Twitter, sem citar nomes, o magistrado disse que há alguns anos alerta para a “politização da persecução penal”.
“A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta”, publicou.
Ex-juiz da Lava Jato, Moro deixou a toga ainda no fim de 2018 para virar ministro da Justiça do então presidente eleito Jair Bolsonaro, beneficiado por suas ações – entre elas a condenação que levou Lula à cadeia. Ele quer ser candidato a presidente e se filiará ao Podemos.
Dallagnol deixou o MPF esta semana. Anos anos, conforme a Vaza Jato, ele expressou interesse em disputar uma cadeira do Senado. Na Lava Jato, o procurador atuou em conluio com o juiz para condenar investigador, muitas vezes sem provas.