MANAUS – A deputada estadual Joana Darc (PL) informou que vai denunciar às autoridades competentes o caso do homem que se fantasiou de “Goleiro Bruno” simulando estar empunhando o saco com os restos mortais de Eliza Samúdio. A cena aconteceu na casa de shows Porão do Alemão, na Zona Oeste de Manaus, na noite desta segunda-feira (1º), durante uma festa de Halloween.
A imagem do cliente fantasiado foi divulgada nos stories da página do Porão no Instagram, viralizou e, de imediato, causou revolta entre os usuários das principais redes sociais. A postagem logo foi retirada do ar, casa de shows pediu desculpas e atribuiu culpa a um estagiário, que por ter 20 anos de idade não teria memória do caso brutal de homicídio ocorrido em 2010 (confira os posts no fim deste texto).
A deputada Joana Darc disse nas redes sociais que, como mulher se sentiu mal e ofendida ao ver a imagem. A parlamentar considerou que trata-se de uma apologia à violência contra as mulheres.
“Isso não é fantasia de Halloween, isso é apologia a um crime cometido contra uma mulher que foi estrangulada, esquartejada e morta. Que horror! Não podemos nos calar mulheres! Como membro da Comissão de Defesa das Mulheres da ALEAM, deputada, mãe e mulher comunico que estou denunciando e representando às autoridades!”, publicou Joana.
Na sequência, a deputada publicou o artigo do Código Penal que tipifica a apologia a fato criminoso ou autor de crime (287), que prevê pena de detenção de três a seis meses ou multa.
A casa de shows onde ocorreu o fato pertence ao vereador William Alemão (Cidadania).
Saiba mais
A modelo e atriz Eliza Samúdio foi morta em 2010. Ela mantinha um relacionamento com o goleiro Bruno Fernandes, que foi condenado a 22 anos de prisão de morte e ocultação do cadáver da mulher e pelo sequestro e cárcere privado do filho deles, Bruninho. O goleiro foi considerado o mandante do crime e confessou participação.
O corpo de Eliza nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido de Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em relatos do próprio Bruno à Justiça, Eliza foi morta, esquartejada e seu corpo jogado cachorros comerem.
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