MANAUS – A jornalista Mônica Bergamo registra hoje (14) na sua coluna na Folha de S. Paulo que a CPI da Pandemia está “rachada” sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro ser responsabilizado por genocídio contra indígenas.
Segundo a coluna, o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), “já está decidido a apontar o presidente como culpado por mortes causadas por omissões do governo em relação aos povos tradicionais”.
A nota lembra que dois senadores do grupo majoritário da CPI já disseram em debates internos que não estão convencidos do indiciamento de Bolsonaro por genocídio: o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e Eduardo Braga (MDB-AM), ambos representantes do Amazonas.
“Caso o racha persista e Renan mesmo assim enquadre Bolsonaro no crime, o consenso no grupo será quebrado e a questão, decidida no voto”, destaca a jornalista.
Senadores desse grupo majoritário dizem que, apesar de o presidente ser chamado de “genocida” nas redes sociais e em manifestações, ainda não está claro se a política dele em relação aos indígenas poderia ser enquadrada desta forma. “Para isso, seria necessário provar que ele pretendia exterminar, de fato, os povos tradicionais”, ressalta a colunista.
Confira aqui a coluna na íntegra.