MANAUS – A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-AM) contra o ex-secretário de Inteligência, Samir Freire, e outras seis pessoas, investigadas na operação Garimpo Urbano, realizada em julho deste ano.
A denúncia foi recebida no domingo, 3, pela juíza Suzi Irlanda Araujo Granja da Silva, da 2ª Vara Criminal de Manaus.
Segundo a magistrada, a denúncia do MP-AM cumpriu todos os pressupostos legais. Os denunciados são acusados pelo crime de Organização Criminosa.
“Verifico estarem presentes todos os pressupostos processuais, bem como válidas todas as condições da ação. Desta forma, atendidas todas as formalidades legais estabelecidas no art. 41, bem como ausente as hipóteses elencadas no art. 395, ambos do Código de Processo Penal, RECEBO A DENÚNCIA apresentada pelo Ministério Público”, diz trecho da decisão.
O caso
Um dos presos na operação foi o delegado Samir Freire. A investigação do MP-AM identificou um esquema de extorsão, que seria compostos por membros do sistema de Segurança Pública do Amazonas.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão por equipes da PF e do GAECO, do MP-AM, em Manaus, no interior do Amazonas e no estado do Pará. Além de Samir, foram detidos outros servidores da Seai (Secretaria Executiva Adjunto de Inteligência).
A operação teve como objetivo coibir a ação de agentes públicos ligados à Segurança Pública do Estado, supostamente envolvidos na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do recurso natural.
A investigação aponta que foi usado pessoal e expertise da Seai no monitoramento e abordagem das vítimas.