MANAUS – A Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), do Governo do Amazonas, informou nesta terça-feira (14) que os investimentos do Estado destinados ao Manaus Futebol Clube, somente no ano de 2021, já alcançam a marca de R$ 700 mil.
Segundo a Faar, o representante amazonense no Campeonato Brasileiro Série C conta com isenção das taxas referentes à utilização dos estádios públicos para a realização de treinamentos e jogos oficiais, além do recebimento de patrocínio destinado aos times profissionais de futebol.
“Os investimentos chegam a valores significativos, pois o Governo do Estado entende a importância do momento que o Manaus está vivendo, representando o Amazonas em busca do acesso para a Série B”, informou o diretor-presidente da Faar, Jorge Oliveira.
Na sessão da Câmara Municipal de Manaus (CMM) de segunda-feira (13), o vereador e presidente do Manaus, Mitoso (PTB), disse que o Estado do Amazonas tem obrigação de ofertar campo de treino e jogo ao time.
“Não estou pedindo nenhum favor. É dever do Estado e do município proporcionar as melhores condições para um time que representa a sua cidade”, disse Mitoso.
Na ocasião, Mitoso criticou o desempenho de Jorge Oliveira na Faar, e disse que o dirigente não deve gostar de futebol.
“É brincadeira, Manaus é contra tudo e contra todos? Eu tenho que sair do meu estado para treinar, tenho que pedir da CBF para levar esse jogo para fora? Porque eu não tenho local para treinamento? […] O secretário ou não gosta do futebol, ou não conhece nada da pasta. Não sei quem colocou aquela rapaz lá”, disse Mitoso.
O time é uma atividade de iniciativa privada. Mitoso não disse como administra uma equipe que não tem campo para treinamento.
A equipe disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.
A crítica de Mitoso foi em reação a um veto que a equipe teria recebido para treinar esta semana no estádio da Colina, na zona Oeste de Manaus.
A determinação é do diretor-presidente da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), Jorge Elias Costa, disse Mitoso.
Segundo o vereador, o time também não pode jogar pelos próximos 30 dias na Arena da Amazônia.
O veto aos dois estádios é por conta do jogo da seleção brasileira contra o Uruguai, pela Eliminatórias da Copa do Mundo, no dia 14 de outubro.
O site apurou que a pedido da CBF o Governo do Amazonas decidiu vetar o uso da Colina e da Arena da Amazônia para garantir a recuperação do gramado até 13 de outubro.
A Colina será utilizada como campo de treino para o confronto.
Em 9 meses, R$ 700 mil
Até o presente momento, o Governo do Amazonas atendeu positivamente a 72 pedidos para treinos na Arena da Amazônia e nos estádios Ismael Benigno e Carlos Zamith, praças esportivas administradas pela Faar.
Com diária de custo em torno de R$ 2.500, o montante investido por meio da isenção aos treinamentos do Gavião do Norte é de R$ 185 mil.
Já a desobrigação das taxas para a realização dos jogos da Série C, em que o Manaus foi o mandante, chega a R$ 215 mil, entre partidas disputadas na Arena e Colina.
Patrocínio
“Em julho deste ano, o governador Wilson Lima entregou o patrocínio no valor de R$ 2,5 milhões aos times do futebol profissional amazonense – masculino e feminino”, informou a Faar.
O Gavião do Norte foi contemplado em R$ 300 mil; R$ 100 mil pela participação no Campeonato Amazonense de Futebol 2021 (masculino) e R$ 200 mil por representar o Estado na Série C do Brasileirão.
A verba é um socorro financeiro aos clubes diretamente atingidos pela pandemia, primeiramente, pela interrupção dos jogos e depois pela ausência de público nas partidas.