MANAUS – O Governo do Amazonas montou informou nesta quarta-feira (1º) que montou uma força-tarefa com especialistas que atuam em diferentes órgãos do Estado com o objetivo de investigar mais a fundo as possíveis causas e formas de combate ao surto de rabdomiólise, detectado recentemente em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). O grupo segue para o município nesta quinta-feira (2).
“Essa força-tarefa que estamos articulando com outros órgãos é justamente para gente coordenar uma ação conjunta, principalmente porque envolve a produção rural, os pescadores artesanais, envolve questões relativas à cadeia econômica, mas, principalmente, a saúde pública. Nossa preocupação é com a segurança alimentar e com a saúde da população”, destacou Cristiano Fernandes, diretor-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).
Investigação – O surto de rabdomiólise vem gerando preocupação entre os amazonenses para além de questões relacionadas à saúde. O principal receio no momento é quanto ao consumo de peixes, algo bastante popular em todo o estado e que vem sendo apontado, indevidamente, como culpado pela transmissão da doença.
De acordo com o superintendente federal de agricultura no Amazonas, Guilherme Pessoa, ainda é cedo para fazer essa relação. “Nos parece ainda precipitado correlacionar isso com o consumo de peixe de modo geral. Nós já temos a certeza de que peixes de tanque, da piscicultura, não existe nenhum relato no mundo que possa ser associado com rabdomiólise”, explica.
Estão atuando na investigação profissionais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Atualização de casos no Amazonas
Nesta quarta-feira (1º), a FVS recebeu mais sete novas notificações de rabdomiólise. Ao todo, são 51 casos da síndrome notificados no estado, 36 em Itacoatiara, quatro em Silves, quatro de Borba, dois em Manaus, dois em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes e um em Maués.