MANAUS – Em meio à articulação na tentativa de reverter a privatização da Refinaria Isaac Sabbá, representantes do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (30) com o senador Omar Aziz (PSD).
Omar recebeu um estudo de impactos da venda e informou que o processo de compra, feito pelo grupo Atem, só deve ser concluído ano que vem. Cerca de 800 trabalhadores serão afetados. Omar destacou que os preços dos combustíveis também devem ser impactados.
Uma nova conversa com o senador para discutir o tema foi marcada para setembro. “Contem comigo!”, publicou o senador no registro do encontro no Twitter.
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De acordo com o diretor de Refino da Petrobras, Rodrigo Costa, “a assinatura do contrato de venda da Reman representa mais um passo importante para o processo de reposicionamento da atividade de refino na Petrobras. A companhia está investindo para se tornar mais competitiva e para se posicionar entre as melhores refinadoras do mundo, em termos de eficiência, desempenho operacional e produtos de alta qualidade”, explicou.
Manifestações contrárias
Estudos técnicos realizados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a venda da Refinaria de Manaus, a única da região Norte, e das demais refinarias, cria risco do monopólio regional privado, desabastecimento e aumento dos preços de combustíveis.
O coordenador geral do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro afirma que o sindicato está comprometido em defesa da Reman. “A Reman, um ativo importante para a região Norte, está sendo entregue a preço de banana e a população de Manaus, dos municípios do Amazonas e demais cidades que são abastecidas pela Reman vão estar nas mãos do mercado privado que irá impor preços, sem a obrigação de oferecer produtos, tendo o risco de desabastecimento da região”.
Em comunicado, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, também comentou sobre a venda das refinarias. “Está claro que a decisão da gestão da empresa de vender a RLAM, a Reman e outras refinarias não se trata só de causar prejuízo à empresa, mas a todo o país. É uma forma de impor na marra a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), criando à força uma política de Estado que favoreça o mercado e prejudique a população, o que é ainda mais absurdo”.