MANAUS – Após um ano sem divulgar agenda de trabalho como vice-governador, Carlos Almeida Filho (PSDB) voltou às redes sociais nesta sexta-feira (6) publicando uma visita no Ramal do Brasileirinho.
A última publicação dele desta natureza tinha sido uma reunião com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), em agosto do ano passado.
Nesse meio tempo, Almeida Filho, rompido com o governador Wilson Lima (PSC) desde maio de 2020, publicou apenas notas e repercussões sobre seu indiciamento na operação Sangria, filiação ao PSDB e a controversa tentativa de demitir o então secretário Louismar Bonates (Segurança), além de posts sobre vacinação contra a Covid-19 e, agora, sobre o Dia dos Pais.
Reprodução/Facebook
“Dia de reunião com os representantes das comunidades do Ramal do Brasileirinho em Manaus. Temos demandas urgentes que precisam de atenção e não podem esperar! Ouvir é o primeiro passo para solucioná-las, por isso, vamos em frente”, escreveu ele na publicação de sexta-feira, acompanhada de um vídeo curto.
Distante dos holofotes durante esse hiato de “inferno astral” político, Almeida Filho já esteve à frente deles no início do governo. Durante o primeiro ano da atual gestão, era considerado “homem forte” do governo e frequentemente dividia espaços com o governador Wilson Lima.
Geriu a Secretaria de Saúde e a Casa Civil, portanto conduziu o diálogo com o Legislativo. Entre outras coisas, comandou a polêmica desapropriação da ocupação Monte Horebe e representou o Executivo em tratativas no Congresso sobre a Zona Franca de Manaus e questões tributárias.
No entanto, as coisas desandaram e em maio de 2020 ele renunciou da Casa Civil alegando perda de poder. Denunciado nas investigações da operação Sangria, ele negou irregularidades e acusou o governo de “abrigar criminosos”.
Posteriormente, saiu do PTB, se afastando ainda mais do grupo ligado a Wilson. Se filiou ao PSDB, de Arthur Neto.
Acusou o governo de ter se alinhado ao bolsonarismo no combate à pandemia no Amazonas.
Queixou-se de ter o gabinete esvaziado de servidores e, depois, invadido.
E, mais recentemente, tentou demitir o então secretário de Segurança Louismar Bonates em nome da “moralidade”.