MANAUS – A nota da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) de apoio à conselheira do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas), Yara Lins, na briga dela e do filho, Fausto Junior (MDB), com o senador Omar Aziz (PSD), foi ato isolado da presidência, sem consulta ou comunicação aos demais deputados da Casa.
O apoio, a considerar a plataforma onde foi publicada a nota, foi feito para ser discreto mesmo. O texto, sem a assinatura do presidente Roberto Cidade (PV), foi publicado nos Stories da página do Instagram da ALE-AM.
Fotos e vídeos publicados nesse ambiente da rede social são apagados automaticamente após 24h.
A nota classifica as investidas de Omar contra a conselheira e o filho deputado de “ataques”. E faz uma defesa da biografia da conselheira.
“Com 46 anos de vida pública, a conselheira sempre pautou sua conduta com honra, princípio de retidão, valores que a levaram ao posto de primeira mulher a comandar aquela Corte de Contas”, diz um trecho da nota.
Deputados ouvidos pelo site disseram que não foram informados sobre a decisão da Casa em publicar a nota. A interpretação que fizeram é a de que a manifestação é de inteira responsabilidade de Roberto Cidade, apesar de nem mesmo o presidente assinar o texto.
Os parlamentares avaliam que essa é uma briga pessoal e não institucional. E por isso não seria adequado a ALE-AM tomar partido.
Uma das provas disso é que apesar das graves acusações feitas por Omar a Yara, até hoje o TCE-AM não se manifestou sobre o assunto. Muito menos o Senado em relação às acusações contra o senador feitas por Fausto.
A nota agradou Yara. Na sexta-feira, 16, a conselheira republicou o texto em suas redes sociais. A reportagem tentou contato com o presidente da ALE-AM, mas não obteve sucesso.
O site enviou um pedido de nota à Diretoria de Comunicação da ALE-AM. Não houve resposta até a publicação desse texto.
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