MANAUS – O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) ainda mantém silêncio sobre as denúncias apresentadas pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) contra a conselheira Yara Lins, que, inclusive, já presidiu o órgão auxiliar do Poder Legislativo no controle externo.
Há duas semanas, Omar fez as primeiras denúncias, em rede nacional, durante sessão da CPI da Pandemia, quando Fausto Júnior, filho de Yara e deputado da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), prestou depoimento.
Nesta semana, o senador formalizou junto a órgãos federais de controle e investigação denúncias fortes contra Yara e os filhos, que incluem suspeitas de crimes como advocacia administrativa dela dentro do TCE-AM (atuando em favor de empresas que deveria fiscalizar), nepotismo, ocultação de bens, entre outros. Ele lista uma série de imóveis que seriam de Yara e da família – gastos que seriam incompatíveis com a renda deles.
A própria Yara já se manifestou. Nesta quinta-feira (15), a conselheira divulgou uma nota afirmando que recebeu com indignação a medida de Omar. Ela classificou as acusações como perseguição política e tentativa de intimidação. E apontou que a notícia-crime é vazia de fundamentos jurídicos, baseada em uma narrativa fantasiosa de declarações e suposições de documentos incorretos, incompletos e de origem incerta.
O TCE-AM, por sua vez, não saiu em defesa da conselheira, nem confirmou se vai apurar internamente as denúncias.
Questionado pelo ESTADO POLÍTICO, o órgão informou apenas que ainda não foi notificado oficialmente.
O site questionou o órgão sobre a denúncia de que a conselheira negocia decisões e pareceres favoráveis para as contas da Saúde do Governo do Estado, para as quais, segundo Omar Aziz, “estranhamente”, Yara é relatora há quatro anos seguidos, “infringindo o Regimento do TCE-AM que determina que haja uma alternância entre os Conselheiros da Corte de Contas”.
O TCE-AM se limitou a responder que a distribuição das relatorias é feita por sorteio no início de cada biênio.