MANAUS – Os servidores da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) presos durante a operação “Garimpo Urbano”, entre eles o delegado Samir Freire, permanecerão detidos na carceragem da instituição, em Manaus. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) nesta quarta-feira (14), que deflagrou a operação com apoio da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (9).
A defesa de Samir Freire havia entrado com um Habeas Corpus contra a prisão. O pedido liminar foi acatado parcialmente pelo desembargador Yedo Simões, que limitou a prisão a cinco dias, no máximo, o que garantiria a soltura do delegado já nesta quarta-feira.
O MP-AM, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), recorreu da liminar, que reduziu a prisão temporária de 30 para cinco dias. “O recurso interposto foi provido e, assim, voltou a prevalecer o prazo de 30 dias para prisão temporária”, informou o MP-AM em nota ao ESTADO POLÍTICO.
Estão detidos na carceragem da PC-AM, além de Samir Freire, os investigadores Jarday Bello Viera e Adriano José Frizzo.
Ex-secretário Adjunto de Inteligência (Seai), Samir Freire e seus subordinados presos são investigados por uso da estrutura da Seai para a prática extorsão contra transportadores de ouro (provavelmente de origem ilegal). Segundo as investigações, ele podem ter faturado mais de 18 milhões de reais com o esquema.
Samir foi exonerado da chefia da Seai ainda na sexta-feira (o Diário Oficial foi disponibilizado na internet na segunda-feira, 12). A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM) determinou a abertura de uma investigação interna (PAD) da conduta dos servidores presos que poderá resultar na demissão definitiva deles dos quadros da PC-AM.