BRASÍLIA (Agência Senado) – Foi adiada para terça-feira (6) a votação da pauta de requerimentos da CPI da Pandemia antes prevista para esta sexta-feira (2). A pauta incluía uma série de requerimentos de transferência de sigilo e compartilhamento de informações.
A maioria dos requerimentos é do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), relacionada ao depoimento do deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM), que compareceu na terça (29) à comissão. Fausto Junior falou dos trabalhos da CPI da Saúde ocorrida em 2020 na Assembleia Legislativa do Amazonas, e foi criticado por não ter pedido, no relatório final, o indiciamento do governador Wilson Lima.
São 18 requerimentos de transferência de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático, entre eles os do próprio Fausto Junior e o de sua mãe, Yara Lins dos Santos, conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas. Além disso, Aziz requereu das empresas aéreas Azul, Gol e Latam, os registros de voos de Fausto Junior e de seus familiares mais próximos nos dois últimos anos. Na reunião de terça-feira, Aziz alegou que tem condições de esclarecer por que Fausto Junior não quis indiciar o governador do Amazonas na CPI estadual.
Também estão na pauta adiada para terça-feira três requerimentos do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), para utilizar na CPI da Pandemia informações obtidas pela CPMI das Fake News, instalada em 2019 e suspensa em março de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Os requerimentos são os seguintes:
- compartilhamento de informações obtidas pela CPMI das Fake News em dados enviados pelo WhatsApp e pelo Facebook;
- cooperação e colaboração da equipe técnica da CPMI das Fake News, franqueando o acesso aos autos da investigação e materiais sigilosos daquela CPMI;
- cessão de dois agentes policiais civis, da Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos, para analisar a documentação obtida.
Precisa
Depois de ouvir reclamações de Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre mudanças de última hora na ordem dos depoimentos, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no exercício da presidência da CPI, explicou que a testemunha inicialmente prevista para esta quinta-feira (1º), Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, obteve o direito de ficar calado no Supremo Tribunal Federal, tornando a reunião improdutiva.