MANAUS – O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) assinou nesta quinta-feira, 1º, o requerimento dos deputados Wilker Barreto, Dermilson Chagas e Delegado Péricles pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) para investigar a condução da gestão estadual na crise da Covid-19.
Além das assinaturas dos autores do requerimento e agora do deputado Nicolau, o pedido de CPI conta com a assinatura da deputada estadual Nejmi Aziz, do PSD, esposa do senador Omar Aziz, que preside a CPI da Pandemia no Senado.
A instalação de uma nova CPI na Casa Legislativa ganhou força nesta semana após o depoimento do deputado Fausto Junior (MDB) à CPI no Senado. Na ocasião, Fausto, que foi relator da CPI da Saúde realizada pela ALE-AM em 2020, foi questionado porque não indiciou o governador Wilson Lima (PSC). O deputado culpou o colegiado pela decisão. A declaração dada em Brasília pegou mal entre os pares no Amazonas, que rechaçaram a afirmação, o que foi registrado em reportagem do ESTADO POLÍTICO.
“Sou favorável à criação da CPI e, desde já, me coloco à disposição para participar dos trabalhos de maneira técnica e imparcial. Em respeito às milhares de vítimas da Covid e seus familiares, o poder público tem a obrigação de explicar ao povo amazonense o porquê do total desastre na condução da pandemia que vimos até aqui. Há muitas perguntas que não podem ficar sem resposta”, declarou Nicolau.
De acordo com Ricardo Nicolau, a criação da CPI na Aleam se faz necessária após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter referendado, nesta semana, o veto à convocação de governadores pela CPI da Pandemia, em andamento no Senado. Na decisão, a Corte decidiu que a competência de fiscalização do Legislativo federal se limita à administração pública federal, não podendo apurar fatos relacionados a gestões locais.
Primeiros depoimentos
Entre as convocações iniciais pela CPI defendidas pelo deputado Ricardo Nicolau, estão a do governador Wilson Lima; do vice-governador Carlos Almeida; do ex-prefeito Arthur Neto; dos ex-secretários estaduais de saúde Rodrigo Tobias, Simone Papaiz, Marcellus Campêlo, e do atual, Anoar Samad; e do ex-secretário municipal de saúde, Marcelo Magaldi.