MANAUS – A Amazônia teve, em 2021, o pior mês de junho em relação às queimadas em 14 anos. Foram registrados 2.308 focos de incêndios no bioma contra 2.248 em junho do ano passado, um crescimento de quase 3%.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (1º) pelo jornal Folha de S. Paulo com base em dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Números tão elevados aproximam 2021 a cenários da década dos anos 2000, nos quais a Amazônia passava por grandes devastações e números recordes de queimadas. Em 2007, por exemplo, foram 3.519 incêndios registrados no bioma, ainda, por sua vez, distante do recorde no mês: 9.179 focos em 2004”, informa o jornal.
A reportagem afirma que os próximos meses são críticos para a Amazônia por causa do aumento das queimadas de desmatamento com o início do verão amazônico. “É nesse momento em que a mata derrubada em momentos anteriores (até mesmo no ano passado, em alguns casos) é queimada”, observa.
Por isso, ressalta a publicação, costuma haver números elevados de fogo principalmente entre agosto e setembro.
“Em 2019, a situação das queimadas foi tão crítica, especialmente em agosto, que iniciou uma crise internacional de imagem ambiental, com críticas, inclusive de mandatários de outros países, ao modelo atual de gestão da Amazônia. O contexto acabou levando à primeira operação, sob Bolsonaro, do Exército no bioma para tentar conter a devastação —plano que tem se mostrado infrutífero”, destaca.