MANAUS – A delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, determinou que servidores do grupo pejorativamente conhecido como “delessários” devolvam os crachás antigos onde ainda são identificados como “delegados”e fez uma convocação para que apresentem fotos para receberem a nova identidade funcional com o cargo de “comissário”.
A determinação consta em portaria publicada no Boletim Interno de Comunicação (BIC 10/2021) da Polícia Civil, disponibilizado nesta sexta-feira (18). A medida atende a uma solicitação do Sindicato dos Delegados de Polícia de Carreira do Estado do Amazonas (Sindepol-AM). A delegada deu prazo de 48 horas para que os servidores tomem as providências.
A ação é mais um capítulo da novela que envolve a incorporação desses servidores no cargo de delegado há 17 anos, por meio de leis que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionais. Ao todo, 124 comissários de polícia concursados (muitos hoje já aposentados ou fora da corporação) foram promovidos ao cargo de delegados sem prestar novo concurso público.
Os comissários recorreram até onde puderam, alegando que o concurso que prestaram tinha o mesmo conteúdo e requisitos que o certame para delegados, mas não conseguiram reverter a decisão. No entanto, mantiveram as conquistas adquiridas com a função ao longo dos anos, exceto o título.
Internamente, a situação dos delegados-comissários incomodava delegados novos, dos últimos concursos, porque seriam um obstáculo para que eles progredissem na carreira. Muitos desses delegados mais novos militam no Sindepol-AM.
Reprodução/boletim
Reprodução/boletim
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