MANAUS – A operação “Coalizão pelo Bem”, deflagrada nesta sexta-feira (18/06) pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e as polícias do Rio de Janeiro e Pará prendeu 14 pessoas, entre elas envolvidos nos ataques criminosos ocorridos no Amazonas e integrantes de uma estrutura de lavagem de dinheiro, financiada pelo tráfico de drogas.
O balanço foi divulgado no final da manhã de sexta-feira (18) pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Durante a coletiva, Wilson destacou a operação como uma resposta aos ataques criminosos ocorridos em Manaus no início do mês.
“Eu havia dito que não iríamos descansar enquanto não tivéssemos prendido todos os envolvidos, e hoje nós concluímos essa primeira etapa. Nós prendemos todos os envolvidos naqueles atos que foram realizados aqui na capital e alguns municípios do interior. Todos irão pagar com o devido rigor da lei. Mais uma vez o compromisso do Amazonas de combater com uma mão forte o tráfico de drogas. E temos dado respostas muito significativas”, afirmou o governador.
‘Coalizão pelo Bem’
A operação “Coalizão pelo Bem” foi deflagrada nesta sexta-feira, de forma simultânea no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Pará. A ação prendeu até o final da manhã 14 pessoas, sendo cinco em Manaus, sete no Rio de Janeiro e duas em São Paulo. As diligências ainda estão em curso.
A operação é fruto de investigação da Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (SEAI) da SSP-AM, responsável por efetuar prisões no Rio de Janeiro, além do apoio do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e da Força Nacional de Segurança, que cumprem mandados de prisão em Manaus.
No Rio de Janeiro, as investigações levaram à prisão de dois líderes de uma facção criminosa do Amazonas, que ordenaram os ataques na capital. Foram presos Marcelo da Silva Nunes, o “Marcelão”, cunhado do traficante Gelson Carnaúba; e Pedro da Silva de Carvalho, responsável pela gerência financeira da organização criminosa, informou a SSP-AM.
A operação em conjunto apontou, ainda, uma ligação do grupo criminoso do Rio de Janeiro com o Amazonas, através de uma estrutura que se valia do sistema bancário e de empresas de fachada para repasse de dinheiro. Em um ano e meio, o valor chegou a mais de R$ 126 milhões.
Os recursos seriam utilizados para o fortalecimento da facção no Amazonas, que comanda territorialmente a rota do tráfico na Tríplice Fronteira Amazônica, e aquisição de armas e drogas para o grupo no Rio de Janeiro.