MANAUS – A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a PGR (Procuradoria Geral da República) avalie se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu os crimes de genocídio e charlatanismo, entre outros, na pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro é alvo de uma petição apresentada pelo advogado Jefferson de Jesus Rocha, que baseou sua manifestação em passagens da Bíblia.
Rocha disse acreditar que “estávamos em um verdadeiro Apocalipse“ e que, “desde o mês de março de 2019 tento alertar os moradores do meu município”, Caculé, a cerca de 650 quilômetros da capital baiana, Salvador.
Conforme reportagem do site O Antagonista, o advogado apresentou apenas argumentos religiosos e não mostrou nenhum dado da pandemia. A determinação de Rosa Weber para que a PGR avalie a petição é algo protocolar.
“Além de alertar os pastores da minha região, joguei suco de uva na frente das igrejas, vesti roupa de pano de saco, bem como preguei panfletos nas portas das igrejas ainda em 2019“, escreveu o advogado na petição.
O advogado associa a ida de Bolsonaro ao Templo de Salomão, da Universal, à pandemia.
“No ano seguinte, em 2020, surge na China um vírus mortal, que ceifou e está ceifando a vida de milhares de pessoas no Brasil e fora dele, sendo tratado o assunto com puro descaso pelo Poder Executivo Federal.”
A Covid já resultou na mortes de quase 475 mil brasileiro, tendo contaminado cerca de 17 milhões de pessoas.