MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), publicou um vídeo na tarde desta quarta-feira, 2, onde nega envolvimento nos crimes investigados na 4ª fase operação Sangria, da Polícia Federal, que apura fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha Nilton Lins envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Amazonas.
“Vim aqui para falar sobre a operação que aconteceu hoje no estado do Amazonas. Eu sou o principal interessado que esses fatos possam logo ser esclarecidos. Não há nenhuma prova contra mim, de que pratiquei qualquer ato de ilegalidade ou que beneficiei de alguma forma de recursos públicos. Eu tenho plena convicção da minha inocência, confio totalmente no trabalho da Justiça e tenho certeza que no final dessas investigações a verdade irá prevalecer”, diz Wilson no vídeo.
Os policiais realizaram busca na casa do governador Wilson Lima, que enfrentaria, também nesta quarta, o julgamento de uma denúncia no Superior Tribunal de Justiça — a análise foi adiada.
Segundo as investigações, “há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta, para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do Estado”.
Os contratos investigados envolvem a locação do hospital Nilton Lins, que, segundo os investigadores, “não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia de Covid”, com risco de contaminação de pacientes e funcionários da unidade.
“Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados”, acrescenta a PF, em nota.
Abaixo, o vídeo: