MANAUS – Chegou ao fim a disputa judicial pela fortuna do ex-lavrador Renê Senna, assassinado em 2007, após ganhar na Mega-Sena, chegou ao fim.
A disputa levou 14 anos. Em março, a filha do milionário, Renata Senna, foi autorizada pela Justiça a receber metade da bolada — avaliada atualmente em cerca de R$ 120 milhões. A outra parte vai ficar com os irmãos de Renê.
A briga encarrou no último dia 11, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da viúva Adriana Ferreira Almeida, condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão pelo homicídio, cujo objetivo era validar o testamento que a beneficiava.
A decisão confirma o entendimento da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que, em 2018, anulou o testamento que dava à viúva direito à metade da fortuna.
O Judiciário considerou que o milionário foi manipulado por Adriana, que já teria um plano para matá-lo. O acórdão, assim, reconheceu um testamento anterior, que dava a nove irmãos de Renê o direito à metade de seus bens.
O ex-lavrador foi executado a tiros em 7 de janeiro de 2007 no município de Rio Bonito, na Região Metropolitana fluminense. De acordo com a sentença que a condenou, Adriana encomendou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento, pois sabia que estava sendo traído.