MANAUS – O presidente Jair Bolsonaro associou o aumento do desemprego durante a pandemia de Covid-19 às medidas restritivas adotadas por governos estaduais e prefeituras. A apoiadores, na saída do Palácio do Alvorada nesta terça-feira (13), Bolsonaro diz que faz a sua “parte”.
No domingo (11), a agência de classificação de risco Austin Rating, a partir das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global, projetou que o Brasil deverá registrar em 2021 a 14ª maior taxa de desemprego do mundo, após ter ficado em 2020 na 22ª colocação em ranking mundial dos países com os piores patamares de desocupação. De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego no Brasil deverá subir para 14,5% este ano.
“Adivinha quem eles vão culpar?“, perguntou o presidente nesta terça. Um apoiador respondeu: “O senhor! O senhor não tem culpa nenhuma, nós estamos ao seu favor”.
“O pessoal fica reclamando de que acabou o emprego. Quem fechou o comércio não fui eu, quem te obrigou a ficar em casa não fui eu. Eu faço a minha parte”, afirmou Bolsonaro.
O presidente pediu apoio contra os governos estaduais. “É impressionante, o pessoal, em vez de dar força para mim, critica. Eu não sou ditador do Brasil”, declarou.
Hoje, o país tem 14,3 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um recorde para a série histórica, iniciada em 2012. A taxa de desocupação está em 14,2%.