MANAUS – Um estudo realizado em Manaus aponta que a vacina CoronaVac se mostrou 50% efetiva em prevenir adoecimento por Covid-19 após 14 dias da primeira dose, inclusive daquela causada pela variante P1. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (7).
A pesquisa focou na análise interina de efetividade em trabalhadores de saúde na capital amazonense. Foram monitorados 67.718 trabalhadores de saúde que moram e trabalham em Manaus. Os dados relativos à efetividade da vacina depois de 14 dias da segunda dose ainda estão sendo coletados, e por isso o trabalho seguirá pelas próximas semanas.
O estudo, do grupo Vebra Covid-19, integrado por pesquisadores e servidores das secretarias estaduais e municipais de Saúde do Amazonas e de São Paulo, é o primeiro a avaliar o impacto do imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em locais onde há predominância da nova cepa P1.
O coordenador do estudo, Julio Croda, disse à Folha que os resultados iniciais são “encorajadores”. “Eles mostram que a Coronavac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil [P1] e poderá ser usada no mundo todo para prevení-la”, declarou o infectologista da Fiocruz, ressaltando mais uma vez a efetividade de 50% do imunizante para prevenir a doença sintomática.
A pesquisa foi realizada em Manaus justamente porque a nova cepa do coronavírus prevalece na cidade.
Descoberta em janeiro, a nova variante P1 rapidamente se espalhou pelo país. Acredita-se que ela dê uma maior transmissibilidade à doença.
+Comentadas 1