MANAUS – O Governo do Amazonas avalia com preocupação o risco de uma terceira onda de contágio da Covid-19 no Estado, que teve dois picos de casos, internações e mortes pela doença ao longo da pandemia.
A situação da Europa, que está entrando em sua teceira onda apesar do início da vacinação, serve como norteador do que pode vir a acontecer no Amazonas.
O alerta foi feito pelo governador Wilson Lima (PSC) ao apresentar medidas de flexibilização das atividades na última quarta-feira (31), durante transmissão nas redes sociais.
“Há uma preocupação de uma possibilidade de uma terceira onda. Isso é real porque está acontecendo na Europa, está acontecendo na Alemanha, em especial. Por que eu falo da Europa? Porque acaba sendo um espelho nosso, algo que a gente acaba se guiando, porque cada vez que agrava lá o próximo a se agravar é Manaus. E aí a gente acaba sendo uma referência para o restante do Brasil”, disse o governador.
Com o surgimento de uma variante mais contagiosa do vírus causador da Covid-19 e a reabertura parcial das atividades, o Amazonas, a começar pela capital, agravou seu quadro na pandemia em uma segunda onda da doença entre janeiro e fevereiro e agora vive uma queda acentuada dos indicadores, enquanto o restante do país vê se repetir, em maiores proporções, o roteiro da tragédia amazonense.
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Na Europa, países como Alemanha, França, Itália e Holanda, vendo sinais da emergência de uma terceira onda da Covid-19, passaram a se preparar para voltar realizar lockdowns para frear a disseminação da doença viral ou adiar reaberturas.
O Amazonas, com estabilidade de casos após uma redução considerável, tem realizado seguidas flexibilizações das medidas de restrição de circulação de pessoas, moduladas ao cenário de indicadores, que neste momento se mostram favoráveis à reabertura gradual, na avaliação do governo.
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Ampliados desde o início da pandemia, os leitos hospitalares estão com nível de ocupação abaixo de 82% e a taxa de transmissão da doença (RT), com 0.92, hoje é a mais baixa do Brasil.
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No entanto, o apelo feito pelo governo é para que todos mantenham o cuidado e evitem aglomerações que possam contribuir para uma nova subida dos casos.
“Se a gente não mantiver a adoção de medidas de prevenção e controle, seguramente nós teremos uma nova alça epidêmica e as consequências são novas tragédias que podem assolar as nossas famílias”, declarou o diretor-presidente em exercício da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Cristiano Fernandes da Costa, durante a transmissão.
“A gente tem uma preocupação com as aglomerações que têm acontecido, as festas clandestinas que têm acontecido. Apesar de a gente já ter vacinado praticamente todo mundo acima de 60 anos de idade, não significa que a gente esteja livre da Covid, não sigfica que a gente deixe de usar máscara, não significa que a gente tem que deixar de seguir aqueles protocolos de lavar as mãos e higienizar com álcool, não significa que está tudo liberado. Não é isso. E tem muita gente achando que é isso: ‘opa, a vacina chegou, então a gente pode fazer festa, se reunir, se abraçar’. Meus amigos, não é assim!”, disse o governador Wilson Lima.
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