MANAUS – A taxa de transmissibilidade do novo coronavírus (RT), no Amazonas, apresentou desaceleração nas últimas semanas, passando de 1,30 para 1,10, uma queda de 15,3%. A informação foi divulgada pelo diretor-presidente em exercício da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Cristiano Fernandes da Costa.
Conforme os dados apresentados, cada 100 pessoas infectadas pela Covid-19 transmitem para 110 e não mais para 130.
O dado foi apresentado durante transmissão ao vivo, exibida nas redes sociais do Governo do Amazonas. Cristiano reforçou que a situação no estado ainda é de alerta.
“A transmissão ainda é elevada, não muda nossas recomendações, a fase (roxa), no sentido das medidas de controle, ainda preocupa. No entanto a gente tem avaliado esses dados semanalmente, com as médias móveis, que são outro instrumento importante de avaliação”, observou Cristiano Fernandes.
“Isso é padronizado para o Brasil todo, então nós estamos falando dos mesmos indicadores que são, inclusive, recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS); e mostram que o Amazonas está com uma tendência de desaceleração e estabilidade. No entanto, pelo volume de casos que nós tivemos, ainda é precoce avaliarmos tendência. Mas é importante reforçar que essa estabilidade já nos permite fazer algumas afirmações e avaliações”, acrescentou o diretor-presidente em exercício da FVS.
A desaceleração é fruto de uma combinação de fatores, que inclui a restrição de circulação de pessoas no Estado, a suspensão temporária das atividades comerciais não essenciais, o aumento dos índices de isolamento, entre outros. Parte das medidas foi adotada via decreto governamental.
Há duas semanas, o Estado aparecia em primeiro no ranking brasileiro no que diz respeito à taxa de transmissibilidade. Atualmente, está em quinto entre as unidades federativas. O percentual de letalidade, que considera o número de mortes sobre o de casos diagnosticados da Covid-19, também apresentou retração no quadro geral, passando de primeiro para terceiro entre as unidades da federação.
Apesar da desaceleração, Cristiano destaca que a velocidade de transmissão no Estado continua elevada e requer a manutenção dos cuidados recomendados. Entre eles, o do distanciamento social.
“As recomendações são as mesmas, principalmente uso de máscaras, higienização das mãos, evitar locais com aglomeração. E mesmo as pessoas que receberam a vacina devem manter a adoção dessas medidas. São medidas necessárias para que a gente possa, de fato, garantir o caminho correto no sentido de combate à doença”, alertou.