MANAUS – O senador Eduardo Braga (MDB) pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a alteração do Plano Nacional de Imunização (PNI) para dar prioridade à população do Amazonas na vacinação contra covid-19. O senador pediu também o envio imediato de um milhão de doses de vacinas ao estado.
A medida serviria, segundo Braga, para fazer um bloqueio sanitário e impedir a proliferação da nova cepa do vírus, mais contagiosa, identificada na região.
“Veja como é brutal o que está acontecendo no Amazonas. A taxa de letalidade por 100 mil habitantes, no Brasil, é de 108 por cada 100 mil habitantes. No Amazonas, é de 207 para cada 100 mil habitantes. Portanto, o dobro praticamente do que está acontecendo na média nacional”, informou o senador.
Eduardo Braga falou da urgência na adoção de medidas diante da velocidade na contaminação pela nova variante do coronavírus no Amazonas.
“O Brasil e o mundo vêm enfrentando essa pandemia desde o final de 2019, o Brasil, desde março de 2020, e, nos últimos dez meses, o meu estado perdeu 8,6 mil amazonenses. Só que, no mês de janeiro, praticamente 3 mil amazonenses morreram. Morreram por falta de oxigênio, morreram por falta de vacina, por falta de leitos, por falta de um socorro médico, e, lamentavelmente, senhor presidente, isso aconteceu com o conhecimento das autoridades, das autoridades do meu estado, das autoridades municipais e das autoridades da saúde pública nacional e do Ministério da Saúde”, lamentou o parlamentar.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou solidariedade aos mais de 4,2 milhões de habitantes no estado do Amazonas e informou que o pedido de Eduardo Braga para priorização da vacina será encaminhado ao governo.
“Essa tragédia nacional se ampliou e se amplificou especialmente, infelizmente, no estado do Amazonas, e essa solidariedade aqui manifestada deve ser representada por atos concretos. Um desses atos é, evidentemente, esse encaminhamento que V. Exa. dá para que possa haver, não necessariamente uma preferência, mas tratar desigualmente os desiguais, isso é igualdade”, disse Pacheco.
Fonte: Agência Senado