MANAUS – Ainda em recesso e na surdina, a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) poderá voltar ao tema impeachment durante o transcorrer da fase mais problemática da pandemia de Covid-19. Na sexta-feira (15), deputados se reuniram virtualmente e aprovaram uma sessão extraordinária nesta terça-feira (19).
Na pauta oficial estão propostas para contribuir com resolução dos problemas, como destinação do “cotão” para o enfrentamento da doença e a construção, com recursos próprios da Casa, de uma usina de gás oxigênio (O2) – em falta por conta da explosão de casos e de internações, que fez quintuplicar a demanda.
O oposicionista Wilker Barreto (Podemos), no entanto, deu a senha para o que está por vir, afirmando que “a falta de oxigênio na rede pública de saúde foi a gota d’água”.
Nas redes sociais, Wilker foi mais direto ao defender o impeachment ainda na sexta-feira. “A Aleam precisa encerrar o recesso e começar a apreciar o pedido de impeachment do Governador do Amazonas!”, publicou.
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Em 2020, oito denúncias por crime de responsabilidade foram apresentadas contra o governado Wilson Lima (PSC) e o vice, Carlos Almeida. Duas foram aceitas pelo então presidente da ALE-AM, deputado Josué Neto (Patriota), que tem a prerrogativa de aceitar ou rejeitar, mas foram arquivadas por maioria de votos do Plenário. As outras seis continuam “em análise”.
No Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL) não foi possível consultar se alguma nova denúncia foi apresentada em 2021 e se já está tramitando.