MANAUS – Apesar dos apelos para que a vacinação por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI) inicie por Manaus, que vive uma segunda onda de contaminação da Covid-19, o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) declarou nesta segunda-feira (11), mais de uma vez, que a “prioridade é o Brasil”, descartando que o Amazonas receberá primeiro e mais doses de imunizantes que outros estados.
As declarações foram dadas durante visita do ministro à capital amazonense para anunciar ações no setor da Saúde, que sofre com a falta de leitos, dado o aumento exponencial de necessidade de internações pela doença viral nas últimas semanas.
“Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação, no Brasil. A prioridade já está dada, a prioridade é o Brasil todo. E nós vamos fazer como exemplo para o mundo”, disse.
“Os grupos prioritários já estão distribuídos”, completou.
No início do seu discurso, o ministro frisou que o Amazonas, assim como outros estados, já tem um plano de vacinação que é usado pelo PNI, voltado às suas particularidades e que a campanha contra a Covid-19 vai usar essa estrutura. “O plano (de vacinação) do Estado, ele já existe. Ele só está sendo adequado. E essa adequação é muito específica”, comentou
Antes da fala de Pazuello, ocorrida em evento Centro Cultural Vasco Vasques (CCAA), falou o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que fez um apelo para que a cidade tivesse prioridade.
O governador Wilson Lima (PSC) falou depois do ministro e também citou as particularidades do Estado, como a necessidade de logística e de um trabalho específico para a vacinação de povos indígenas.
Calendário
Durante sua fala, o ministro apresentou três alternativas de data para início da vacinação, a depender, segundo ele, da aprovação emergencial da Anvisa para as duas vacinas desenvolvidas em parceria com institutos brasileiros.
A imunização, disse Pazuello, será gratuita e, no que depender do Governo Federal, não será obrigatória.