MANAUS – O rápido aumento de casos de Covid-19 no Amazonas já provoca lotação em sete de 11 hospitais da rede privada de saúde e pressiona a rede pública de saúde, apesar do aumento de leitos promovidos pelo governo nas últimas semanas. A avaliação é do governador Wilson Lima (PSC), que participou de uma reunião com o comitê do Governo do Estado de enfrentamento à doença nesta segunda-feira (28).
“Estamos acompanhando os casos de Covid-19 no estado do Amazonas, que aumentaram significativamente nas últimas 48 horas. Dos 11 hospitais particulares de Manaus, sete já não têm mais vaga nas UTIs dessas unidades de saúde. E a nossa rede de saúde pública também está pressionada, apesar de todos os implementos e ampliações que nós fizemos”, alertou o governador.
“No Hospital Delphina Aziz, que é referência para o atendimento de Covid, nós saímos de 50 leitos de UTI para 150 leitos. Estamos atualmente com a reforma no João Lúcio, ampliamos a Maternidade Balbina Mestrinho, e a nossa Central de medicamentos está com 75% de abastecimento, além de aumentarmos a nossa capacidade de transferência de UTI aérea do interior para a capital”, observou.
No domingo (27), após o registro de 95 novas hospitalizações em um único dia, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) antecipou mais uma fase do Plano de Contingência Estadual para o Recrudescimento da Covid-19. A secretaria deu segmento à quarta fase do plano de abertura de leitos Covid e começou o movimento para a mudança de perfil do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na zona centro-sul de Manaus, que passa de 12 leitos de UTI Covid-19 para 40 leitos.
A SES-AM mobilizou hospitais gerais, como o Adriano Jorge e o Getúlio Vargas, além de outras unidades definidas no plano como unidades de retaguarda, para receberem 27 pacientes não Covid-19 internados na UTI do 1º andar do HPS 28 de Agosto, de forma a poder destinar o espaço para receber pacientes com a Covid-19. O hospital também vai reservar outro andar exclusivo para leitos clínicos Covid-19.