MANAUS – A cada 24 horas, seis vítimas de Covid-19 são sepultadas em cemitérios públicos e privados em Manaus, capital do Amazonas.
O cálculo foi feito pela reportagem com base nos informes funerários divulgados pela Prefeitura de Manaus nos últimos 29 dias.
No domingo, 20, segundo a prefeitura, foram registrados 47 sepultamentos, 12 deles de vítimas de Covid-19.
É o maior número de enterros de vítimas de Covid-19 dos últimos 29 dias. Até então, nesse período, o máximo de sepultamentos de vítimas da doença em Manaus em um dia tinha sido 11.
A média diária de sepultamentos de vítimas de Covid-19 em Manaus nos últimos 29 dias é 3 vezes maior que a registrada na última semana de junho, quando os óbitos pela doença começaram a cair.
Entre 23 e 29 de junho, segundo os dados da prefeitura, foram registrados 15 enterros de vítimas de Covid-19, uma média de 2,1 por dia.
Agora, entre os dias 19 de novembro e o último domingo, 20, a Prefeitura de Manaus registrou 190 enterros de vítimas de Covid-19, um média de 6,5 por dia.
Informes interrompidos
Durante a pandemia, a Prefeitura de Manaus adotou o procedimento de divulgar o total de enterros nos cemitérios por dia. A prática foi encerrada no final de junho, quando os óbitos por Covid-19 começaram a diminuir.
Na última semana de junho, a média diária de enterros era de 32. A média de sepultamentos de vítimas de Covid-19 era de 2 por dia.
No último dia 19 de novembro, quando a capital registrou 50 sepultamentos, a Prefeitura de Manaus retomou a divulgação diária. Naquele dia, 5 dos sepultamentos eram de vítimas de Covid-19.
Internações
O número de casos novos e internações por Covid-19 vem crescendo desde o início de novembro.
O movimento forçou o Estado do Amazonas a criar um plano para ampliar leitos de UTI no hospital Delphina Aziz (de 90 para 140), e contratar outros 10 leitos de UTI no hospital Beneficente Português.
O Governo do Amazonas informou no domingo, 20, que entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, havia 563 pacientes internados, sendo 347 em leitos clínicos (85 na rede privada e 262 na rede pública), 208 em UTI (69 na rede privada e 139 na rede pública) e oito em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.
Havia ainda outros 53 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 29 estão em leitos clínicos (21 na rede privada e oito na rede pública), 23 estão em UTI (16 na rede privada e sete na rede pública) e um em sala vermelha.