MANAUS – O juiz coordenador da Propaganda Eleitoral, Moacir Pereira Batista, determinou que o candidato Amazonino Mendes (Podemos) pare de veicular imediatamente no programa eleitoral e em redes sociais o áudio gravado da confusão que ocorreu nos bastidores do debate da última quarta-feira (25) na TV Norte (SBT Manaus). A decisão liminar é da noite desta quinta (26).
No fim do debate, houve bate boca. O candidato David Almeida (Avante) chamou Amazonino de “ladrão”. Após perceber que estava sendo filmado pelo marqueteiro da campanha do Podemos, Marcos Martinelli, David, entre outras coisas, disse: “Se tu usar isso aqui tu vai pegar porrada de mim”.
Áudios do momento vazaram na internet e estão sendo explorados pela campanha Amazonino contra David, afirmando que o candidato do Avante é “um homem violento, sem Deus no coração e merecedor do repúdio de toda a sociedade”. Até o início desta tarde, um vídeo em que reproduz trechos do áudio estava disponível na página de Amazonino no Facebook.
Reprodução/Facebook Amazonino Mendes
Em sua decisão, o juiz eleitoral determinou que a campanha de Amazonino pare imediatamente de veicular a propaganda ofensiva em qualquer meio de comunicação – TV, rádio e internet -, até o julgamento do mérito, sob pena de aplicação de multa de R$ 100 mil por descumprimento (por cada veiculação transmitida).
Segundo a coligação Avante Manaus, David Almeida acumula cerca de 100 direitos de resposta garantidos pela Justiça contra Amazonino Mendes. A coligação afirma que o adversário “pautou toda sua eleição em ataques, esquecendo de apresentar propostas para a população, além de ter participado de apenas um debate”.
Davi se manifesta
Após a repercussão do áudio, David se manifestou, dando sua versão do que aconteceu. “Quando o debate acabou, tentei me despedir respeitosamente e recebi uma série de ofensas como resposta. Pedi calma uma, duas vezes, e continuei sendo ofendido por Amazonino. Então, reagi verbalmente. Nesse momento, o marqueteiro dele, Marcos Martinelli, passou a me filmar, o que aumentou a minha indignação”, relatou.
Confira a decisão: